TERMOLOGIA
A Termologia é um ramo da Física que estuda os fenômenos
térmicos como:
- Temperatura,
- Calor
- Dilatação, energia térmica,
- Estudo térmico dos gases etc.
Temperatura – A temperatura é uma grandeza que
permite avaliar o nível de agitação das moléculas de um corpo.
A termometria é uma parte da termologia que estuda a
temperatura e as formas pelas quais a mesma pode ser medida.
ESCALAS TERMOMÉTRICAS
Para que seja possível medir a temperatura de um corpo,
foi desenvolvido um aparelho chamado termômetro.
Termômetro - O termômetro é o aparelho usado para medir a
temperatura o mais comum é o de mercúrio, que consiste em um vidro graduado com
um bulbo de paredes finas que é ligado a um tubo muito fino, chamado tubo
capilar.
Escalas Celsius
A escala termométrica é baseada em dois pontos fixos, ou
seja, dois estados térmicos em que a temperatura se mantem constante, fusão de
gelo e ebulição da água.
Na escala Celsius, adotam-se os valores 0 ºC e 100 ºC
para o ponto de gelo e para o ponto de vapor, respectivamente. A sua extensão
foi dividida em 100 partes
Escala Fahrenheit
Na escala Fahrenheit, adotam-se os valores 32 ºF e 212 ºF
para o ponto de gelo e para o ponto de vapor, respectivamente. A sua extensão
foi dividida em 180 partes.
Escala Kelvin
A escala absoluta Kelvin adota a origem no zero absoluto,
estado térmico em que cessaria a agitação térmica. Sua unidade (kelvin: K) tem
extensão igual à do grau Celsius (ºC), foi dividida em 100 partes.
Exercícios básicos.
Exercício 1: Sabendo-se que a temperatura normal do corpo
humano é 37° C Qual é essa temperatura em Fahrenheit e Kelvin
Celsius para Fahrenheit
C = F-32
5 9
5(F-32) = 9.37
5F – 160 =333
5F = 333 + 160
F= 493
5
5
θF= 99°F
Celsius para Kelvin
θK = 37 + 273
θK = 310° K
Exercício 2:
(ITA) O verão de 1994 foi particularmente
quente nos Estados Unidos da América. A diferença entre a máxima temperatura do
verão e a mínima do inverno anterior foi de 60ºC. Qual o valor dessa diferença
na escala Fahrenheit?
Substituindo 60°C da equação acima, temos
60 = ΔTF
5 9
5 9
12 = ΔTF
9
9
ΔTF = 12.9
ΔTF = 108 °F
Exercício 3:
(Unesp 2003) Uma panela com água é aquecida de
25°C para 80°C. A variação de temperatura sofrida pela panela com água, nas
escalas Kelvin e Fahrenheit, foi de:
Primeiro precisamos
saber qual foi a variação na escala Celsius.
ΔC = C2 - C1
ΔC = 80-25
ΔC = 55 °C
ΔC = 80-25
ΔC = 55 °C
Se a variação foi de 55°
na escala Celsius, também foi de 55 em na escala Kelvin.
Na escala Fahrenheit, essa mesma variação é dada por:
C = F
5 9
5 9
Substituindo
C por 55, temos:
55 = F
5 9
11 = F
9
F = 9.11
5 9
11 = F
9
F = 9.11
F = 99 °F
Exercício 4:
Existe
uma temperatura que tem o mesmo valor na escala Celsius e na escala Fahrenheit.
Qual é essa temperatura?
C = F -
32
5 9
5 9
Se F = C, podemos reescrever a equação.
C = C -
32
5 9
9C = 5(C-32)
9C = 5C - 160
9C - 5C = -160
4C = -160
5 9
9C = 5(C-32)
9C = 5C - 160
9C - 5C = -160
4C = -160
C = -160
4
C = - 40º
4
C = - 40º
EQUILÍBRIO TÉRMICO
Dois ou mais sistemas físicos estão em equilíbrio térmico
entre si quando suas temperaturas são iguais.
Assim o estudo da termologia nos permite entender muitos
fenômenos que ocorrem no dia-a-dia, como, por exemplo, a dilatação e contração
dos materiais, bem como entender por que elas ocorrem e como ocorrem.
DILATAÇÃO TÉRMICA
O aumento da temperatura de um corpo aumenta a agitação
das partículas desse corpo, suas partículas se afastam uma das outras,
provocando o aumento de suas dimensões, comprimento, área e volume. Esse
aumento dá-se o nome de dilatação térmica.
Se a temperatura diminui as dimensões se reduzem, dizemos
que ocorreu contração térmica.
O aumento de todas as dimensões de um corpo acorre
simultaneamente, mas para estudo vamos dividir em três partes.
1. Dilatação
Linear – comprimento
2. Dilatação
superficial – área
3. Dilatação
volumétrica – Volume
Os corpos sólidos admitem as três dilatações.
Os líquidos e os gases somente dilatação volumétrica.
Dilatação linear
Exemplo 1.
Considere uma barra metálica de comprimento 1m. Ao elevarmos em
10 ºC a temperatura de dessa barra de ferro de 1 m iremos verificar que seu
comprimento aumenta em 0,012 cm.
·
Podemos dizer que a variação de comprimento
de uma barra ao ser aquecida é diretamente proporcional ao seu comprimento
inicial.
Exemplo 2
Se dobrarmos a temperatura para 20 ºC, veremos que a
variação de comprimento também dobra.
·
Podemos
também dizer que a variação de comprimento de uma barra é também diretamente
proporcional à variação de temperatura.
De acordo com o experimento podemos dizer que : ΔL é proporcional a L0 e a Δθ:
Exemplo 3 e 4
Se fizermos a mesma experiência, com uma barra de chumbo,
mantendo o mesmo comprimento de 100 cm e o mesmo aumento de temperatura de 10
ºC veremos que a mesma irá também aumentar o seu comprimento, mas agora ao
invés de 0,012cm, o aumento será de 0,027 cm. Se dobrarmos a temperatura para
20° C teremos também aumento na barra de chumbo.
Com isso concluímos que:
·
A variação de comprimento de uma barra ao ser
aquecida depende do material que a constitui.
Essas proporcionalidades acima podem ser descritas em
termos de uma única expressão:
ΔL = α.L0.Δθ
Onde:
ΔL = variação do comprimento
L0 = comprimento inicial
α = coeficiente de dilatação linear de cada
matéria
Δθ = variação da temperatura
DILATAÇÃO SUPERFICIAL
E VOLUMÉTRICA
Assim podemos escrever:
∆A = β.A1. ∆θ
∆V= y. V1 . ∆θ
Onde y → Coeficiente de dilatação volumétrica
Verifica-se que: β = 2. α e
ү = 3.α
Por exemplo, para o ouro
temos:
α =15.10-6 °C
- Linear
β = 30.10-6 ° C
- Superficial
y = 45.10-6 ° C-
Volumétrica
Exercício 1:
Uma barra metálica de comprimento 2,0.102 cm, quando aquecida de
25 ºC a 50 ºC sofre um aumento em seu comprimento de 1,0.10-2 cm. Qual é o coeficiente de dilatação linear do material que constitui a barra?
ΔL = α.L0.Δθ = 1,0.10-2 = 2,0.102.α.(50-25) => α = 2,0.10-6 ºC-1
Resposta: 2,0.10-6 ºC-1
Exercício 2:
O coeficiente de dilatação superficial do alumínio é igual a 44.10-6 ºC-1. Determine o coeficiente de dilatação volumétrica do alumínio.
Sendo γ = 3α e β = 2α, vem: γ = 3β/2 =>
γ = (3.44.10-6)/2 => γ = 66.10-6 ºC-1
Resposta: 66.10-6 ºC-1
Exercício 3:
Um bloco metálico é aquecido de 20 ºC a 120 ºC e seu volume sofre um acréscimo de 3%. Qual é o coeficiente de dilatação linear do material que constitui o bloco?
ΔV/V0 = γ.Δθ => 3/100 = 3.α.(120-20) => α = 10-4 ºC-1
Resposta: 10-4 ºC-1
Resposta: 10-4 ºC-1
Exercício 4:
(PUC–RS) Um fio metálico tem 100 m de comprimento e coeficiente de dilatação igual
a 17.10-6 ºC-1. A variação de comprimento desse fio, quando a temperatura
variax10 ºC, é1de
a) 17 mm b) 1,7 m c) 17 m d) 17.10-3 mm e) 17.10-6 m
a 17.10-6 ºC-1. A variação de comprimento desse fio, quando a temperatura
variax10 ºC, é1de
a) 17 mm b) 1,7 m c) 17 m d) 17.10-3 mm e) 17.10-6 m
ΔL = α.L0.Δθ => ΔL = 17.10-6.100.10 => ΔL = 17.10-3 m = 17 mm
Exercício 5:
(Unifor-CE) As dimensões da face de uma placa metálica retangular, a 0 °C, são 40,0 cm por
25,0 cm. Sabendo-se que o coeficiente de dilatação linear do material que
constitui a placa é α = 2,5.10-5 °C-1, a área dessa face da
placa, a 60 °C, valerá, em cm2:
a) 1.000 b) 1.003 c) 1.025 d) 1.250 e) 2.500
a) 1.000 b) 1.003 c) 1.025 d) 1.250 e) 2.500
ΔA = β.A0.Δθ => ΔA = 2.α.A0.Δθ
=> ΔA = 2.2,5.10-5.40,0.25,0.60
=>
ΔA = 3 cm2
A = A0 + ΔA => A = (40,0.25,0)+3 => A = 1003 cm2
ΔA = 3 cm2
A = A0 + ΔA => A = (40,0.25,0)+3 => A = 1003 cm2
Exercício 6:
(U.Mackenzie–SP)Uma esfera de certa liga metálica, ao ser aquecida de 100 °C, tem seu volume
aumentado de 4,5%. Uma haste desta mesma liga metálica, ao ser aquecida
dex100 °C, terá seu comprimento aumentado de:
a) 1,0% b) 1,5% c) 2,0% d) 3,0% e) 4,5%
dex100 °C, terá seu comprimento aumentado de:
a) 1,0% b) 1,5% c) 2,0% d) 3,0% e) 4,5%
ΔV = γ.V0.Δθ => ΔV/V0 = γ.Δθ = 3.α.Δθ =>
ΔV/V0 = 3.ΔL/L0 => 4,5% = 3.ΔL/L0 => ΔL/L0 = 1,5%
ΔV/V0 = 3.ΔL/L0 => 4,5% = 3.ΔL/L0 => ΔL/L0 = 1,5%
Dilatação dos líquidos
Os líquidos por não terem forma própria, só
admitem dilatação volumétrica. Os líquidos se dilatam muito mais que os sólidos
por isso têm coeficientes bem maiores.
Para medir a dilatação dos líquidos é preciso levar em consideração a dilatação do recipiente sólido que contem o líquido.
No aquecimento de um líquido contido
num recipiente, o liquido irá, ao dilatar-se juntamente com o recipiente,
ocupar parte da dilatação sofrida pelo recipiente, além de mostrar sua
própria dilatação, essa dilatação é chamada de dilatação aparente.
Dilatação aparente - É aquela observada pelo extravasamento do líquido.
Dilatação real - É aquela que o líquido sofre
realmente.
No exemplo descrito abaixo o recipiente está completamente cheio de água a uma temperatura inicial (ti) e possui volume inicial Vi igual à capacidade volumétrica do recipiente (C).
Após aumentar a temperatura do sistema, parte do
líquido contido no recipiente transborda.
O volume derramado corresponde à dilatação aparente (ΔVap) do líquido, e pode ser
escrita da seguinte forma:
ΔVap = γapViΔt
.
Onde o γap é denominado de coeficiente
de dilatação térmica aparente do líquido.
A capacidade volumétrica do recipiente também varia, assim sendo, ele pode ser expresso por:
ΔC
= γfViΔt.
Para finalizar temos que a dilatação real que o líquido sofre é dada pela adição da dilatação aparente com a variação da capacidade volumétrica, observe:
ΔV = ΔVap +
ΔC
Substituindo
todos os dados na equação acima podemos concluir que o coeficiente de dilatação
volumétrica é igual à soma algébrica do coeficiente de dilatação térmica
aparente do líquido mais o coeficiente de dilatação térmica do recipiente,
matematicamente temos:
γ = γap +
γf
Calorimetria
A calorimetria é a parte da Termologia que estuda as
trocas de calor entre corpos.
Calor (Q) o calor é a energia térmica em trânsito, isto é, que é transferida
do corpo mais quente para o corpo mais frio por causa da diferença de
temperatura dos corpos em contato térmico.
CALORÍMETRO
Recipiente destinado a medir a quantidade de calor cedida
ou recebida por um corpo.
Calor Sensível – O
Calor sensível é o que acarreta variação de temperatura ao ser recebido ou
perdido por um corpo, isto é, a variação da temperatura.
Calor latente – O
calor latente é o calor recebido ou perdido durante uma mudança de estado, não
havendo variação na temperatura.
O calor específico- o
calor específico de uma substância mede numericamente a quantidade de calor
recebida ou perdida por um grama da substância ao sofrer a variação de
temperatura 1°C, sendo usualmente expressa em cal/g°C.
Quantidade de calor
(Q)
é a grandeza através da qual avaliamos a energia térmica em trânsito trocada
entre sistemas a diferentes temperaturas.
No Sistema Internacional, a unidade de energia é o joule
ou “J” e na Química se usa a caloria ou “cal”. A equivalência entre as unidades
é:
1cal = 4,186 J
CAPACIDADE TÉRMICA (C)
É a quantidade de calor necessária para variar em 1ºC a
temperatura do corpo.
C = Q/Δθ e também C = m . c
Onde:
C = Capacidade térmica
Q = quantidade de
calor
m = massa do corpo
θ∆= variação da
temperatura
c = constante de
proporcionalidade ( calor específico)
PRINCÍPIO DA IGUALDADE DAS TROCAS DE CALOR
De acordo com o Princípio da Conservação de Energia, a
quantidade de calor cedida por um corpo somada com a quantidade de calor que o
outro corpo recebeu é nula.
ΔQrec + ΔQced
= 0 ou ΔQrec = – ΔQced